Sunday, November 29, 2009

Virtual Eleven FC encerra atividades

Hoje, 29 de novembro de 2009 comunicamos o encerramento de todas as atividades desenvolvidas pelo Virtual Eleven FC. O clube, criado em 19 de julho de 2007, está passando por séria crise financeira e institucional.


Infelizmente, a diretoria e o Conselho Deliberativo tomou essa decisão, irreversível, em detrimento dos últimos doze meses, onde foi atingido, principalmente, às raízes do clube, criado com o intuito de proporcionar mera diversão e informação nos participantes.


Quando o ambiente se transforma em acusações, fofocas e especulações, acreditamos que o melhor mesmo é procurar um outro caminho, respirar novos ares e utilizando do jargão futebolístico, montar uma nova equipe, coisa que todo ano, aliás, acontece com todas as equipes do mundo.


O Virtual Eleven FC agradece à todos que participaram desses quase dois anos e meio das atividades e pedimos nossas mais sinceras desculpas frente a aqueles que, direta ou indiretamente, se sentiram prejudicados com qualquer conteúdo veiculado durante a duração da instituição.


O certo, de momento, é que o Futibar, blog de gastronomia e Reality, blog de publicidade de parceiros do Virtual Eleven FC também não estarão mais vinculados ao clube, tendo seus caminhos livres para prosperarem.


Grande abraço.



Sunday, December 14, 2008

Joinville apresenta quatro reforços (rs rs rs rs)


Por Felipe Koerich
O Joinville apresentou quatro jogadores para a disputa do Campeonato Catarinense de 2009. São eles: o meia-atacante Fantick de 31 anos, o lateral-direito Jucemar de 28, e os zagueiros Alessandro Lopes de 23 e Samuel de 22.

Fantick já é velho conhecido da torcida, o jogador atuou pelo JEC em 2005 e 2006 e atualmente estava se recuperando de lesão no Criciúma. O meia-atacante fraturou a perna no dia 1º de setembro de 2007, na partida entre Criciúma e Barueri/SP. Desde então o atleta não jogou nenhuma partida oficial.

Dos demais contratados, O zagueiro Alessandro Lopes teve passagens por Atlético/PR, Avaí, Grêmio-RS e Toledo. O outro zagueiro, Samuel, passou por equipes como: Ituano, Portuguesa, Comercial/SP e Paraná Clube. Já o lateral-direito Jucemar atuou no Criciúma, Bahia, Coritiba, futebol da Geórgia, Grêmio e estava no Paysandu.

Segundo o diretor de futebol do Joinville, Nereu Martinelli, o clube ainda contratará mais nove jogadores para o estadual, pois tem a intenção de fechar o elenco com um número de 26 atletas.

Ídolo do Rafael é dispensado do Goiás


A diretoria do Goiás, neste domingo, anuncia a dispensa de três jogadores, que não estão mais do plano da equipe para 2009. O atacante Fausto, ex-Linense, o campeão mundial, Adriano Gabiru (ex-Inter-RS, Figueirense, Sport, Atlético-PR...) e o volante Fernando.

Adriano Gabiru chegou no clube esmeraldino junto com o atacante Iarley, com status de que iria salvar o time do rebaixamento, mas sem ritmo de jogo, pouco atuou. Já Fausto, artilheiro do interior, não respodeu as expectativas e foi mandado embora também. Outros jogadores que não farão mais parte do elenco são: o volante Fredson, que tem o contrato encerrado no final do ano e o zagueiro Paulo Henrique.

Já o lateral Vitor e o zagueiro Ernando devem ser negociados com outros clubes do Brasil, uma vez que estão recebendo muitas propostas.

Comissão técnica aguarda chegada de reforços


do blog do brilhante jornalista Sidney Rezende
O Bangu não apresentou reforços de peso para o Campeonato Estadual e ainda perdeu jogadores importantes. O zagueiro Pablo, que disputou a Segundona pela Portuguesa e já havia acertado transferência para o Alvirrubro, foi parar no Democrata-MG. Já o zagueiro Abílio, titular na campanha do acesso à elite, recebeu proposta do Vitória/PE, para onde se tranferiu. Enquanto a diretoria não anuncia novidades, a dupla de treinadores formada por Edson Souza e Sérgio Cosme dirige os trabalhos em tempo integral e tem aproveitado a fase inicial dos treinamentos para observar atletas em teste.

O atacante Carlão e o meia Júnior Maranhão, dirigidos por Sérgio Cosme no São Cristóvão durante a Segundona, ainda não se apresentaram em Moça Bonita. A novidade que poder ser anunciada a qualquer momento é a contratação do volante Douglas Silva, ex-Flamengo e Altético-PR, formado nas divisões de base do Alvirrubro. O atleta já treina com o elenco bangüense para manter a forma física.

O gramado do Estádio de Moça Bonita está em reforma para o Campeonato Estadual e o elenco treina sempre à tarde no campo do Corpo de Bombeiros, em Guadalupe. A diretoria ainda procura um campo para os treinos matinais. Enquanto isto, neste período a comissão técnica tem dado atenção à preparação física, com treinos na praia ou na academia. O Alvirrubro estréia na competição dia 24 de janeiro (sábado), contra o Mesquita, no Louzadão.

Juventude: Lauro acerta permanência por mais um ano

Recordista de jogos com a camisa do clube e maior ídolo da história recente do Esporte Clube Juventude, o volante Lauro, 35 anos, acertou na sexta-feira, dia 12, a permanência no clube por mais uma temporada. Ele é o segundo atleta a renovar contrato. Antes, o também volante Walker já havia acertado sua permanência.

2008 foi um ano importantíssimo na carreira do atleta. Lauro atingiu a marca de 500 partidas pelo Juventude. Retornará para a próxima temporada com 519 jogos disputados, com 26 gols anotados. Apesar de ter sofrido uma cirurgia no joelho após o término do Campeonato Estadual, Lauro fechou 2008 com 41 partidas disputadas pelo clube. Foram 18 no Gauchão, quatro na Copa do Brasil e 19 na Série B.

A pré-temporada alviverde se iniciará no dia 2 de janeiro, com a apresentação dos atletas para a realização de exames físicos e médicos. A partir do dia 5 de janeiro, o grupo começará a trabalhar forte na busca de condicionamento físico para a temporada. A primeira competição será o Estadual. O Juventude vai estrear no dia 20 de janeiro, contra a Sapucaiense, em Caxias do Sul.

Marília prioriza trazer jogadores experientes


A prioridade é trazer os atletas de grandes clubes, como Cruzeiro, Santos e Palmeiras. Do time mineiro, interessam o meia Francismar, o volante Marcos Guerreiro e o atacante Paulinho, mas as negociações estão complicadas.

Do Santos, quatro jogadores foram oferecidos, mas há interesse no goleiro Felipe, no lateral direito Filipe e no atacante Tiago Luís. E do Palmeiras, apesar da lista enviada ser extensa, a prioridade é o mariliense Osmar.

“São negociações difíceis, pois o jogador quando está num grande clube tem um salário diferenciado. Estamos mantendo contatos e acredito que poderemos ter novidades nos próximos dias”, disse o presidente José Roberto Duarte de Mayo.

Monday, July 21, 2008

Hicks - Ex-Parceira do Timão - Parte 3


São Paulo, sexta, 30 de abril de 1999
Regulamento acaba com a divisão das rendas e prejudica times do Estado, que têm mais público fora de casaBrasileiro esvazia caixa de paulistas

Uma das mudanças no regulamento do próximo Campeonato Brasileiro vai deixar o caixa dos clubes paulistas mais vazios.Diferentemente dos últimos anos, a edição de 99, que começa no próximo dia 25 de julho, destinará toda a renda de suas partidas para os mandantes.Se já tivesse sido adotada em 98, por exemplo, a medida traria um prejuízo, segundo levantamento feito pela Folha, de cerca de R$ 1,53 milhão, apenas na fase de classificação, para os oito clubes de São Paulo que disputaram o torneio.Esse valor equivale a cerca de 19% do total arrecado pelos clubes paulistas na fase classificatória do Brasileiro-98 -R$ 7,97 milhões.O motivo para esse previsível prejuízo é a falta de interesse dos torcedores do Estado para comparecer aos jogos.Das oito equipes paulistas que disputaram o Nacional em 98, sete tiveram mais público nos jogos fora de casa, inclusive o Corinthians, campeão da competição.O São Paulo, por exemplo, teve uma audiência média nos jogos fora de casa 118% maior do que nas partidas realizadas no Morumbi (veja quadro ao lado).A Ponte Preta, que voltou à primeira divisão do Brasileiro em 98, foi o único time do Estado com mais público nos jogos caseiros.Esses números negativos dos paulistas aconteceram mesmo em um ano em que o público presente nas partidas disputadas no Estado quase dobrou em relação ao campeonato anterior.Em 97, o público médio dos jogos realizados em São Paulo ficou abaixo dos 7.000 pagantes por partida. Na Bahia, a média ficou em quase 22 mil pessoas.Mesmo com esses números, sete dos oito times paulistas que vão disputar o Brasileiro-99 apoiaram a mudança na divisão das rendas, que foi decidida pelos clubes em uma reunião realizada no Rio de Janeiro no início do mês.A exceção foi o Palmeiras, que queria a manutenção do sistema anterior, que dava 60% para o vencedor de cada jogo, 40% para o perdedor ou dividia o dinheiro em partes iguais em caso de empate."O Palmeiras tem muito prestígio lá fora (nos outros Estados). Aqui em São Paulo a torcida não comparece porque não é atrativo", afirma Sebastião Lapolla, diretor de futebol do clube, que prevê prejuízos com a nova divisão das rendas do Nacional.Já no Corinthians, a mudança na regra da divisão das rendas não assusta a diretoria."O excesso de jogos pode estar afastando os torcedores paulistas. Mas, este ano, com a nossa nova parceria será diferente, já que vamos investir dinheiro no time. A tendência é que o torcedor apareça", diz Alberto Dualib, presidente do Corinthians, animado com o acordo entre o clube e a empresa norte-americana Hicks Muse, que pode investir até R$ 100 milhões na equipe só em 99.

São Paulo, sábado, 1 de maio de 1999
Clube negocia com Bilbao

O Corinthians e a Hicks Muse já abriram negociações para comprar os passes dos jogadores com passe preso ao Bilbao Vizcaya.Os jogadores que o clube e seu parceiro tentam adquirir em definitivo são o zagueiro paraguaio Gamarra, o volante Vampeta e o atacante Edílson.Ontem, os representantes da Hicks Muse e da Muller Sports, além do presidente corintiano, Alberto Dualib, foram ao banco para manifestar interesse em comprar os jogadores.Na próxima semana, a parceria Corinthians/Hicks Muse deverá entregar uma proposta pelos atletas.O Bilbao é o banco que, no ano passado, incorporou o Excel, antigo patrocinador do clube. Como o Excel ajudara a reforçar o time na época da parceria, o Bilbao ficou com o passe dos atletas na mão. Diferentemente do Excel, o banco espanhol não quer negócios no futebol.
São Paulo, sábado, 1 de maio de 1999
Contrato com a Batavo, assinado em janeiro, é considerado insatisfatório pela Hicks, a nova parceira do clube
Corinthians estuda patrocínio múltiplo

O contrato de patrocínio assinado pelo Corinthians em janeiro, com a Batavo, é considerado insatisfatório pela Hicks Muse, a nova parceira do clube.Como a empresa norte-americana deixou claro na apresentação da parceria, a exploração do patrocínio será uma das principais fontes de renda da Corinthians Licenciamento -criada para administrar o departamento de futebol do clube, com 85% das cotas nas mãos da Hicks e 15% nas do Corinthians.Na avaliação da Hicks, o clube, principalmente depois de ter obtido o título de campeão brasileiro em dezembro do ano passado, poderia ter conseguido um patrocínio de maior peso.Com a Batavo, o Corinthians tem um contrato de um ano, que lhe rende R$ 500 mil mensais.Em 1997, quando assinou com o extinto banco Excel, ajudado por quatro economistas de renome, componentes do Grupo de Apoio à Presidência, recebia valores mais significativos.Além de R$ 500 mil mensais, o banco ajudava o clube contratando jogadores e pagando os salários que ultrapassassem R$ 40 mil por mês, teto salarial estipulado na época pelo clube.Hoje, o patrocínio corintiano pouco difere do dos demais clubes brasileiros. O Flamengo, por exemplo, recebe em média R$ 450 mil mensais da Petrobrás.Mas o Corinthians é, dos clubes brasileiros, aquele que mais aparece na TV. No próximo Campeonato Brasileiro, serão televisionadas 13 das 20 partidas do clube com datas já definidas.O São Paulo, por exemplo, terá quatro partidas na TV a menos do que o Corinthians. Mesmo assim, tem um patrocínio melhor: cerca de R$ 525 mil por mês.Para piorar, o contrato com a Batavo não permite a exibição de um segundo patrocinador na camisa do time.No Brasil, apesar de não ser comum a existência de mais de um patrocinador na camisa dos clubes, há exceções: o Goiás, no Brasileiro-98, exibiu em sua camisa três empresas -a Unimed apareceu nas mangas, a Arisco ficou com um espaço na frente, e o BEG (Banco do Estado de Goiás), com a parte de cima das costas.No exterior, a prática é comum. Há clubes que têm diversos patrocinadores na camisa ou que fecham contratos com várias empresas, chamadas de parceiras.É o caso da Inter de Milão, que é associada a 25 empresas, entre patrocinadores, fornecedores e parceiros. Essas companhias vão desde a Pirelli, uma fábrica de pneus, até a Apple (informática).No Corinthians, a idéia da Muller Sports Group, subsidiária da Hicks que ficará à frente do departamento de futebol corintiano, é justamente esta: ligar o nome do clube a várias grandes empresas. Uma das citadas foi a IBM (informática).Em 1999, no entanto, a empresa só romperá o patrocínio com a Batavo se fizer acordo com uma ou mais empresas que compense, inclusive, o pagamento da multa pela rescisão contratual.Procurada pela reportagem da Folha, a Batavo não quis revelar o valor da multa.

São Paulo, domingo, 2 de maio de 1999
Velloso interessa ao clube

Além do suposto interesse por Luiz Felipe Scolari, a direção do Corinthians pretende fazer uma proposta por Velloso, que, como o treinador, defende o Palmeiras.Apesar de a diretoria do rival e o próprio Scolari terem reclamado da postura dos corintianos, que estariam tentando tumultuar o ambiente no Palmeiras na semana do jogo entre os dois pela Libertadores, uma proposta por Velloso deve ser feita nos próximos dias.O goleiro Nei, o titular da posição no Corinthians, tem falhado seguidamente nos jogos da equipe.Com a entrada da Hicks Muse, nova parceira corintiana no departamento de futebol, o time tenta comprar os passes de Edílson, Vampeta e Gamarra. Além dos três e do goleiro, há o interesse por Giovanni, do Barcelona (Espanha) que pretende voltar ao Brasil.Descontente com o time, a Gaviões da Fiel, maior torcida organizada do Corinthians, pretende ter uma reunião hoje com a direção do clube paulista e amanhã com alguns dos principais jogadores do elenco, como Marcelinho e Gamarra, exigindo maior empenho por parte deles.Entre os atletas corintianos, os mais criticados têm sido o goleiro Nei e o atacante Mirandinha, que também atravessa má fase e amarga a reserva na equipe.

São Paulo, domingo, 2 de maio de 1999
Treinador pede demissão, e Oswaldo de Oliveira volta ao comando; Gaviões vai ao clube pressionar jogadores
Queda de Evaristo amplia crise corintiana

A três dias do confronto que é chamado pelos corintianos de "o jogo do século" -contra o Palmeiras, pelas quartas-de-final da Libertadores-, o time perdeu na madrugada de ontem o técnico Evaristo de Macedo que, criticado pela diretoria e hostilizado pela torcida, decidiu pedir demissão.A situação do treinador ficou insustentável após a derrota para o Juventude, por 1 a 0, que eliminou o Corinthians anteontem da Copa do Brasil.No vestiário, o treinador chegou a agredir um torcedor, que entrou no vestiário corintiano para exigir explicações sobre as más atuações da equipe. Após a briga, decidiu pedir demissão. Na madrugada de ontem, ligou para o presidente Alberto Dualib, que concordou imediatamente com seu desligamento.Para a diretoria corintiana, contribuíram para a queda o fato de o treinador ter sido suspenso pela Fifa por não ter pago dívida a um clube do Qatar, o que o impedia de ficar no banco, e ter sido questionado por jogadores e torcedores.Na quinta-feira, a postura de Evaristo, que se mostrou contrário à presença do ator Gerson Brenner, recuperando-se de lesões cerebrais causadas por um tiro, no campo de treinamento do Corinthians, também irritou a torcida.O ator, que é corintiano, esteve no Parque São Jorge a convite do meia-atacante Marcelinho e de alguns integrantes da Gaviões da Fiel, a maior organizada da equipe.Evaristo, no entanto, temia que sua presença desviasse a atenção dos jogadores na véspera de um jogo importante. Ele próprio, porém, não treinou a equipe, preocupado que estava em definir sua situação com a diretoria.Na partida de hoje, às 16h, no Parque São Jorge, contra o Mogi Mirim, Oswaldo de Oliveira assume o comando do time.Quarta-feira, contra o Palmeiras, Oliveira, afastado do cargo de treinador no início do ano, por falta de experiência para dirigir o time na Libertadores, deve ficar no banco.Segundo Oliveira, ele está, "a princípio", efetivado no cargo. Mas depois, quando a Hicks Muse, nova parceira no departamento de futebol do clube, assumir o comando, um novo treinador deve ser escolhido. Levir Culpi, do Cruzeiro, e Carlos Alberto Parreira, do Fluminense, estão cotados.Para conturbar mais o ambiente, membros da Gaviões da Fiel, a maior organizada do Corinthians, estiveram no Parque São Jorge para exigir explicações do goleiro Nei, que ironizou vaias e xingamentos da torcida anteontem.A postura do goleiro também foi criticado por outros jogadores, como o atacante Dinei, que saiu em defesa dos torcedores. "Deveríamos pedir desculpas a eles pelo que fizemos (na sexta). Eles só vaiaram porque jogamos mal."Para completar o quadro, bem na semana do confronto contra o Palmeiras, a comissão técnica do Corinthians percebeu sinais de estresse nos jogadores, o que fez Oliveira poupar os titulares hoje.Apesar da crise, o meia-atacante Marcelinho pedia calma à torcida. "É só ganhar do Palmeiras que tudo vira alegria", declarou.

São Paulo, domingo, 2 de maio de 1999
Antenas ligadas
RODRIGO BUENO
Há muito que o futebol está intimamente ligado com a televisão. Como fenômeno de massa, vem batendo recordes de audiência ao longo dos anos.Essa relação, porém, está mudando nos últimos anos. Os poderosos grupos de comunicação, antes satisfeitos em só exibir os principais eventos do esporte mais popular do planeta, agora partem para o ataque, querendo controlar a modalidade.O exemplo mais óbvio é a iniciativa de Rupert Murdoch, magnata australiano, proprietário do grupo BSkyB, que ofereceu US$ 1,03 bilhão pelo Manchester. Mas Silvio Berlusconi, magnata italiano que possui três redes de televisão, já mostrava o caminho no final dos anos 80 com o Milan-empresa.Murdoch, é verdade, não foi o primeiro a levar o futebol à casa dos bilhões. O consórcio suíço-alemão Sporis-Kirch já havia pago à Fifa, em 96, US$ 1,04 bilhão pelos direitos de transmissão da Copa-2002, e US$ 1,2 bilhão pelos do Mundial-2006.Uma década antes, a UER pagou à Fifa US$ 272 milhões pelos direitos sobre as Copas de 90, 94 e 98, uma fortuna para a época.O futebol brasileiro assiste agora à chegada da Hicks, Muse, Tate & Furst, que tem participação em rede de TV a cabo. E o mundo vê o mesmo filme.Na França, o Bordeaux foi comprado esta semana pela Metropole Television, conhecida como "M6", por US$ 35,5 milhões. O grupo de comunicação francês tem 67% do clube.Na África do Sul, o Kaizer Chiefs foi adquirido pelo grupo Primedia por US$ 6,6 milhões. Ótimo preço para um clube que tem 3,5 milhões de torcedores.Na Inglaterra, após o efeito Murdoch, o Arsenal já havia atraído a Carlton, e o Tottenham captou sinais da Enic.Na Europa, o critério para ser um clube gigante hoje é ter canal de TV próprio. Mesmo quem tem força para não ser engolido por grupos de comunicação acaba se unindo a um deles. São as antenas ligadas no futebol.

São Paulo, domingo, 2 de maio de 1999
Pelé e Traffic visam o São Paulo

A diretoria do São Paulo terá uma reunião em 20 de maio para analisar a proposta de pelo menos três empresas interessadas em formalizar parceria com o clube.Uma das empresas seria indicada pela Pelé Sports & Marketing, empresa de marketing esportivo de Pelé, que também negocia projeto com o Santos.A outra seria indicada pela Traffic, do empresário J. Hawilla, que já fez o papel de intermediário na negociação do Corinthians com a Hicks Muse, empresa norte-americana que adquiriu o controle do departamento de futebol do clube, num contrato de dez anos.A terceira seria a Cragnotti & Partners, dona da Cirio, a patrocinadora do São Paulo.Se a Cragnotti, que é proprietária da Lazio, da Itália, não quiser participar, poderá sugerir uma outra empresa que queira fazer parceria com o clube paulista.Diferentemente do Corinthians, o problema do São Paulo é a cisão entre as várias correntes políticas.A Folha apurou que um dos grupos, o mais próximo de José Augusto de Bastos Neto, presidente do clube, defende a Traffic como intermediária do negócio.Na semana passada, o próprio Bastos Neto ligou para J. Hawilla pedindo que ele apresentasse um possível parceiro ao São Paulo.Até mesmo a Hicks Muse, apesar de já ter fechado com o Corinthians, poderia fazer uma apresentação, pois tem interesse em fechar contrato com outros clubes.Mas outro grupo, liderado pelo ex-presidente Carlos Miguel Aidar, é favorável à presença da empresa de Pelé como intermediária.Além das várias correntes políticas no São Paulo, uma dificuldade adicional que a diretoria tem sentido é a resistência por parte de grande número de conselheiros em ceder o controle do departamento de futebol do clube, como fez o Corinthians.Na reunião do dia 20, participarão, além do presidente Bastos Neto, os presidentes dos Conselhos Deliberativo, Consultivo e Fiscal do clube do Morumbi. Serão convidados também para tomar parte nas discussões alguns conselheiros, entre os quais o ex-presidente José Eduardo Mesquita Pimenta.Feita a triagem entre as empresas que irão se pronunciar no São Paulo, a diretoria deverá escolher uma delas e, quando estiver com o contrato em mãos, levá-lo para a apreciação do Conselho Deliberativo, ainda em data a ser marcada.

São Paulo, domingo, 2 de maio de 1999
Fifa barra planos de sócio corintiano

Em entrevista à Folha, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse ser "inaceitável" que uma empresa tenha o controle de duas equipes que disputam um mesmo torneio."Seria um grande perigo. No Congresso de 98, em Paris, uma nova cláusula foi aprovada proibindido esse tipo de controle. É uma situação que obviamente poderia levar à distorção de qualquer competição", afirmou Blatter.A resposta do dirigente foi dada ao ser questionado se a Fifa pretendia impôr regras ao controle de clubes de futebol por empresas.A posição da Fifa -entidade que dirige o futebol mundial- se torna assim um sério empecilho às pretensões da Hicks Muse, empresa que assumiu o controle do Corinthians, de controlar também outros clubes brasileiros.Administradora norte-americana de investimentos privados, a Hicks Muse anunciou na última quarta-feira que assumirá, por dez anos, o controle do departamento de futebol do Corinthians.Em seguida, divulgou planos para adquirir a direção de outros clubes brasileiros. Entre os times que poderiam vir a ser controlados pela Hicks Muse está o São Paulo, rival direto do Corinthians (leia texto abaixo).Na última quinta-feira, o vice-presidente de comunicações da Hicks Muse, Peter Arrichiello, disse que a companhia estava "olhando para outros clubes brasileiros".Esses clubes, provavelmente, estão entre os dez analisados pela Traffic, empresa de marketing esportivo do jornalista J. Hawilla que intermediou o negócio.No relatório que entregou à Hicks Muse, a Traffic traçou o perfil dos maiores clubes brasileiros, para que a empresa fizesse suas opções -e o Corinthians foi apenas a primeira delas.Mas, anteontem, ao ser questionado sobre que atitude a empresa tomaria considerando as restrições da Fifa, Arrichiello afirmou: "Essa é uma questão a que eu realmente não posso responder."Não é a primeira vez que o futebol brasileiro se vê diante de um dilema ético em relação aos clubes e seus parceiros.No Campeonato Brasileiro de 1995, por exemplo, Palmeiras e Juventude se enfrentaram no final da primeira fase.Ambas as equipes tinham, já naquela época, co-gestão com a Parmalat -uma relação bem menos umbilical do que a existente entre o Corinthians e seu parceiro.Naquele jogo, o Palmeiras buscava uma vaga na segunda fase. O Juventude tentava se safar do rebaixamento à Série B. Não foram poucas as suspeitas levantadas em relação a possíveis armações.A partida, de qualquer forma, acabou empatada em 1 a 1, o que prejudicou o Palmeiras e complicou o Juventude.O domínio de mais de um clube no mesmo país, de qualquer forma, não é a única preocupação de Blatter em relação á entrada de empresas no futebol."Os investimentos são positivos apenas se certos setores de um clube, como seu marketing, puderem se fortalecer e ser colocados em uma base mais sólida. Entretanto, as operações esportivas precisam continuar independentes da influência externa", disse Blatter (leia abaixo a opinião do dirigente sobre outros assuntos).A Hicks Muse, como frisou um de seus sócios, Cesar Baez, não entende nada de futebol -é uma administradora de recursos que vê no futebol brasileiro uma oportunidade de obter um lucro de até 30% do capital investido.Quem a representará na Corinthians Licenciamento Ltda (empresa criada para gerenciar o departamento de futebol corintiano) será a Muller Sports.Será a Muller, na prática, que tomará decisões sobre contratação de jogadores, renovação de contratos e participação em torneios -mas os primeiros dirigentes do futebol corintiano serão indicado pela Traffic, única parte do elo que conhece o mercado brasileiro.

Hicks - Ex-Parceira do Timão - Parte 2

São Paulo, quinta, 29 de abril de 1999
Clube faz acordo com empresa norte-americana de investimentos, que assume a gerência do departamento
Corinthians vende o controle do futebol

O Corinthians decidiu abrir mão do controle de seu departamento de futebol, transferindo-o para a empresa norte-americana Hicks, Muse, Tate & Furst Incorporated.A direção do clube paulista e a "Hicks Muse", como é chamada a empresa especialista em investimentos diretos de capital privado, anunciaram ontem que estão formando a Corinthians Licenciamento Ltda., que gerenciará o atual campeão brasileiro.Na constituição da Corinthians Licenciamento, a Hicks Muse fica com 85% das cotas, enquanto que o clube detém os 15% restantes.A empresa de investimentos, com sede em Dallas, nos Estados Unidos, e escritórios em Nova York, Londres, Cidade do México e Buenos Aires, será a responsável pela administração de todas as receitas e despesas do departamento.No primeiro ano, investirá R$ 28 milhões para que o Corinthians quite suas dívidas, além de aproximadamente R$ 25 milhões destinados à folha de pagamentos.As compras de jogadores também ficarão por conta dos norte-americanos. Nas vendas dos atletas, a Hicks Muse ficará com 85% do lucro, o Corinthians, com 15%.As demais receitas, como bilheterias, cotas por jogos amistosos, publicidade na camisa e contratos de TV, também são da empresa.Para o presidente Alberto Dualib, do Corinthians, embora todas as operações comerciais fiquem por conta da Hicks Muse, "a autonomia do departamento de futebol está mantida".Mas Cesar Baez, um dos sócios da empresa norte-americana, deixou claro que nomeará um diretor de operações esportivas para participar do dia-a-dia do clube e que só serão contratados jogadores que forem considerados de interesse para a Hicks Muse."Eles serão consultados (na hora de contratar jogadores), mas a palavra final é de quem estará fazendo o investimento", disse Baez.O empresário J. Hawilla, que intermediou a negociação, chegou a dizer que Dualib agora pode descansar, ficando em casa de segunda a sexta, saindo apenas aos domingos, como torcedor, para ver os jogos do Corinthians.Na administração do futebol, a Hicks Muse contará com a estrutura da Muller Sports Group, subsidiária da empresa, especializada em gestão de negócios esportivos."Na Corinthians Licenciamento, haverá um diretor de marketing subordinado à empresa do Roberto Muller, um financeiro, um de operações esportivas, enfim, toda uma estrutura para administrar o futebol", disse Hawilla, dono da Traffic, agência de marketing esportivo que, apesar de ter sido responsável pela aproximação entre as partes, não terá participação na nova empresa.Segundo Roberto Muller, dono da Muller Sports Group, a Corinthians Licenciamento começará funcionando no Parque São Jorge, mas, dentro de dois meses, já terá montado escritório em São Paulo, fora do clube."Apesar de estarmos assumindo o futebol, a torcida pode ficar tranquila, porque todos temos o mesmo objetivo: fazer do Corinthians um time de primeira."

São Paulo, Sexta-feira, 30 de Abril de 1999
JOYCE PASCOWITCH
O advogado José de Castro Bigi, presidente do conselho do Corinthians, comemora o contrato com a Hicks Muse -empresa de investimentos americana-, que vai render R$ 100 milhões para o time.

São Paulo, sexta, 30 de abril de 1999
Dívida cresce mais de 60%

A dívida do Corinthians, que até dezembro do ano passado era de R$ 15 milhões, subiu, no primeiro quadrimestre de 1999, para aproximadamente R$ 24,55 milhões.O principal motivo é o pagamento de duas parcelas referentes ao passe do meia-atacante Marcelinho, comprado do Valencia, da Espanha.A primeira parcela, que vencia em dezembro e havia sido prorrogada para fevereiro, é no valor de US$ 1,5 milhão. A segunda, de US$ 2 milhões, venceria em fevereiro, mas depois passou para abril.O passe de Marcelinho custou US$ 7 milhões, dos quais US$ 3 milhões ficaram por conta da Federação Paulista, e US$ 4 milhões, por conta do Corinthians.Além do passe de Marcelinho, contribuíram para aumentar a dívida corintiana em 1999 a desvalorização do real, ocorrida em janeiro -contratos de atletas como Gamarra eram vinculados à cotação do dólar-, e a construção da nova sede social do clube.Com isso, quando receber os R$ 28 milhões de luvas da Hicks Muse, empresa norte-americana que se tornou a nova parceira do Corinthians, o clube deve ficar em caixa, saldadas as dívidas, com R$ 3,45 milhões.Entre hoje e segunda, a direção corintiana terá uma reunião com representantes do banco Bilbao Vizcaya, dono dos passes de Edílson, Vampeta e Gamarra, para tentar manter os três em seu elenco.O meia Giovanni, em entrevista a uma emissora de rádio, admitiu que, com a entrada da Hicks no Corinthians, aumentam suas chances de retornar ao futebol brasileiro.
São Paulo, sexta, 30 de abril de 1999
Empresa de marketing esportivo vai entrevistar executivos para decidir quem comandará o futebol do clube
Traffic indica direção do Corinthians

A Traffic vai coordenar a escolha da direção da Corinthians Licenciamento Ltda., empresa criada para administrar o departamento de futebol do clube.A nova empresa será controlada pela Hicks, Muse, Tate & Furst, uma administradora norte-americana de investimentos privados, por meio de sua representante esportiva, chamada The Muller Sports Group.A Traffic foi a empresa que intermediou a negociação entre a Hicks Muse e o Corinthians.Segundo J. Hawilla, dono da Traffic, a pessoa que chefiará a nova empresa será escolhida por meio de entrevistas que serão feitas a partir de segunda-feira, na sede da própria Traffic. O escolhido ocupará um cargo cujo nome provisório é "diretor-geral".Questionado pela Folha se essa pessoa teria um perfil semelhante ao da que encabeçou inicialmente o consórcio Palmeiras-Parmalat (José Carlos Brunoro), Hawilla disse que não.Segundo ele, o diretor-geral terá de ser um executivo, talvez até sem ligação anterior com o esporte.Abaixo desse diretor-geral, haverá pelo menos mais três pessoas com cargos importantes dentro da nova empresa. "Um diretor financeiro, um diretor de marketing e um diretor esportivo", diz Hawilla.O empresário disse que espera anunciar os nomes do novo comando do futebol do clube em no máximo dez dias.Com a influência na nomeação da nova direção corintiana, a participação da Traffic no negócio não se encerra com o fechamento do acordo, como dissera anteriormente Hawilla.Em um levantamento feito para a Hicks Muse, a Traffic traçou o perfil de dez clubes brasileiros -"os dez maiores", diz Hawilla.
Desses, o Corinthians foi um dos escolhidos -mas pode não ser o único."Estamos olhando para outros clubes brasileiros. E mais do que o fato de o clube ser grande ou não, o que importa é se ele vai ou não dar lucro", afirma Peter Arrichiello, vice-presidente de comunicações da Muller Sports.Roberto Muller, presidente da empresa, afirma que o comando do futebol corintiano ficará a cargo da Muller Sports, que "é muito experiente na administração de negócios esportivos".No futebol, ele cita programas de marketing desenvolvidos para o Inter de Milão e para o Manchester United, duas das principais equipes européias.Mas, no Corinthians, diz que o diretor de operações esportivas -um dos que devem ser indicados pela Traffic- tem de ser alguém acostumado à realidade brasileira. "Fica mais fácil o trabalho para ele e para a equipe", afirma Muller, que é uruguaio.No organograma do novo departamento de futebol corintiano, Muller deixou claro que, abaixo do diretor de operações esportivas, haverá um gerente, o responsável pelo dia-a-dia do time de futebol.A incursão no Corinthians é a primeira da Muller (e, consequentemente, da Hicks Muse) no futebol brasileiro, mas não no sul-americano. A empresa intermediou, em 1996, um contrato entre a AFA (Associação de Futebol Argentino) e a Reebok.No Brasil, a Muller diz desenvolver produtos para a Alpargatas, empresa que detém a Topper, atual fornecedora de material esportivo do Corinthians. Já a Hicks Muse tem participação na TV Cidade, rede de TV a cabo, associada ao SBT e à Bandeirantes.

São Paulo, sexta, 30 de abril de 1999
Por que a Traffic não quer aparecer
JUCA KFOURI
Colunista da Folha

O Corinthians deu o passo na direção do futuro. Resta saber se foi o melhor passo, coisa que só o próprio futuro dirá.Há detalhes não explicados e há detalhes inexplicáveis.Começando pelos últimos, fica pelo menos uma pergunta óbvia: como o Conselho do clube aprovou um contrato sem lê-lo e sem nem sequer saber qual era o nome do grupo que se tornou parceiro? Uma coisa é ter confiança na direção do clube, outra é confiar no escuro.Entre os detalhes não explicados está a participação da Traffic na gestão da parceria.Em primeiro lugar, é preciso não diabolizar a Traffic, uma empresa igual as outras e que busca ser cada vez maior.É claro que o fato de já ser parceira da CBF, da Confederação Sul-Americana de Futebol e detentora dos direitos da tal Copa Mercosul, além do departamento de esportes da Rede Bandeirantes, eticamente a deixa numa posição delicada ao assumir também um clube de futebol.Se, por exemplo, já nesta quarta-feira, o árbitro errar para o Corinthians contra o Palmeiras, começará uma gritaria e uma onda de suspeitas perfeitamente justificáveis pela falta de transparência em nosso futebol.Mas não só a ética jamais foi a preocupação da Traffic como é inegável que do ponto de vista estritamente negocial tudo faz sentido. Ter o Corinthians sob seu controle significa ter o clube mais importante do maior mercado da América Latina, o clube que tem mais jogos televisionados etc.Ora, quem tem a CBF, a Conmebol e o Corinthians precisa ter mais o quê?O Flamengo, sem dúvida, mas este está difícil, não só porque a ISL parece ter chegado na frente como também porque a nova direção do Flamengo não há de querer que, de alguma forma, o ex-presidente Kleber Leite volte a ser influente na Gávea, ele que é parceiro da Traffic.Que a Globo não ouça, mas o poderoso grupo Hicks Muse controla uma holding, com o SBT e a Band (A TV Cidade), para comprar licenças de TV a cabo no Brasil e não esconde que planeja negociar os direitos de transmissão dos jogos do Corinthians sob nova ótica no pay-per-view, a exemplo do que já faz na Argentina com a TorneosYCompetencias.A empresa que aparecerá como gestora do futebol na Corinthians Licenciamentos Ltda, a Muller Sports Group, é do uruguaio Roberto Muller, empresário que, como representante da Reebok, fez com a Associação de Futebol Argentino contrato semelhante ao da Nike com a CBF, tornando-se amigo de Julio Grondona, o presidente da AFA.José Hawilla, um dos donos da Traffic, está preocupado em aparecer apenas como intermediário nas negociações entre o grupo norte-americano e o Corinthians, exatamente porque sabe que esse novo passo é problemático -seria proibido na Inglaterra, como foi a tentativa do grupo Murdoch em comprar o Manchester United.Por todos os motivos, é recomendável que as partes tragam à luz os termos do contrato, para que não pairem sobre esse as mesmas suspeitas que cercaram o da CBF com a Nike -e que mais tarde se comprovou serem fundadas.

Hicks - Ex-Parceira do Timão - Parte 1

São Paulo, segunda, 21 de dezembro de 1998
Lei e edital favorecem brasileiros

Os grupos que se associaram a investidores internacionais -em vez de apostar em linhas de crédito, como fizeram os grandes- acabaram arrematando o grosso das concessões.Os grupos brasileiros que optaram por esse caminho foram favorecidos pela exigência de controle nacional das redes de TV a cabo, imposta por lei e pelo edital de licitação.² TV Cidade A TV Cidade é um exemplo dessa estratégia.A empresa foi criada por membros das famílias Nascimento Brito ("Jornal do Brasil"), Saad (Rede Bandeirantes) e Sílvio Santos (SBT).No final do mês passado, o poderoso fundo de investimentos norte-americano Hicks, Muse, Tate & Furst -com sede em Dallas (Estados Unidos) e mais de US$ 30 bilhões em aplicações- e o fundo Laif, de Washington, especializado em mercados emergentes, anunciaram a compra de 33% das ações da TV Cidade.Juntos, os dois fundos vão injetar US$ 100 milhões na companhia e exigiram administração profissional.Por indicação dos sócios norte-americanos, o comando da TV Cidade foi entregue a Roger Karman, ex-presidente da ABTA (Associação Brasileira de Telecomunicações por Assinatura), que já assumiu a função.


São Paulo, segunda, 21 de dezembro de 1998
Grupos criticam custo da programação

Os novos operadores no mercado de TV a cabo vão colocar as programadoras contra a parede: antes mesmo de assinar os contratos de concessão com o governo, eles estão cobrando a redução dos custos dos canais no Brasil.A queda de braço entre os grupos que estão chegando no mercado e as programadoras (como Globosat e TVA) já começou.Na semana passada, o argentino Julio Gutierrez, representante da Hicks, Muse, Tate & Furst (sócia da TV Cidade), bateu forte nessa direção.Disse que o custo da programação no Brasil é o mais caro da América Latina. Segundo ele, um pacote com 45 canais no Brasil chega a custar, para o operador, R$ 15,00 por assinante, enquanto um pacote com 60 canais custa o equivalente a R$ 8,00 na Argentina.Gutierrez critica também o preço do pacote dos jogos do Campeonato Brasileiro de futebol. "Os contratos de transmissão de futebol nos preocupam muito, pelo alto preço", disse ele em entrevista à Folha.Julio Gutierrez disse que a Hicks, Muse, Tate & Furst é o maior fundo de investimentos privado dos EUA e tem investido na compra de TVs a cabo na América Latina.Ele está presente na Argentina -recentemente, comprou parte da Cablevisión- e na Venezuela e está estudando a compra de empresas no México e Colômbia.Segundo ele, o grupo vê o Brasil como principal mercado para TV a cabo da América Latina."Se um negócio nos interessa, não temos limite para investimentos", afirmou, acrescentando que a empresa quer participar da gestão do empreendimento no Brasil.² Adelphia O grupo norte-americano Adelphia, que já assegurou cinco concessões na licitação pública, também critica o custo da programação no Brasil. "É o nosso principal problema", afirma Paulo Martins, diretor da SMC-Adelphia.Ele avalia que o preço da programação tende a cair na medida em que aumentar a base de assinantes. "Com 2,58 milhões de assinantes, o mercado brasileiro ainda é muito pequeno. Nos EUA, um dos motivos do baixo preço da programação é a gigantesca base de assinantes, de 70 milhões de pessoas", afirma Martins.² Interior A Adelphia e a também norte-americana Horizon vieram para o Brasil com um alvo definido: cidades de porte médio e alto poder aquisitivo."Cidades médias são a especialidade da Adelphia, que tem 2,3 milhões de assinantes nos Estados Unidos", diz Paulo Martins. A empresa já tem duas operações em cidades de porte médio no Brasil: Rio Grande e Pelotas (ambas no Rio Grande do Sul), onde concorre com a RBS.A Horizon definiu como seu foco o rico interior de São Paulo e já assegurou concessões em Caçapava, Americana, Bragança Paulista, Rio Claro, Sumaré, Taubaté e Itapetininga.

São Paulo, quinta, 29 de abril de 1999
Parceiros do Corinthians vão ao Parque Antarctica

Após anunciarem, ontem à tarde, uma parceria com o Corinthians, representantes da empresa norte-americana Hicks Muse foram à noite visitar o Palmeiras.Ao lado do empresário J. Hawilla, que intermediou o negócio com o Corinthians, Roberto Muller e Cesar Baez foram recepcionados no Parque Antarctica pelo presidente do Palmeiras, Mustafá Contursi. Ao ser abordado pela reportagem da Folha, ele disse que não podia falar naquele momento.Além do Corinthians, a Hicks Muse pretende negociar com outros clubes brasileiros. Mas, segundo o diretor de futebol do Palmeiras, Sebastião Lapolla, os empresários foram só "fazer uma visita, já que querem conhecer outros clubes brasileiros". Ele descartou a possibilidade de uma parceria do Palmeiras (que tem co-gestão com a Parmalat) com o grupo.O diretor da multinacional italiana para o Palmeiras, Paulo Angioni, estava no Parque Antarctica, mas não foi chamado para a reunião. Ele disse que um eventual negócio do clube com a Hicks não inviabilizaria a atual parceria. "Eles podem adquirir cotas quando o Palmeiras virar empresa."
São Paulo, quinta, 29 de abril de 1999
Presidente critica banco Icatu

Durante a sessão do Conselho Deliberativo que aprovou o contrato com a Hicks Muse, o presidente do Corinthians, Alberto Dualib, criticou o banco Icatu, com quem o clube tentava fechar um acordo.Segundo ele, o Icatu, durante as negociações, passou informações para a imprensa para que pudesse fortalecer sua posição na hora do fechamento do contrato.O banco, por exemplo, revelou que a auditoria feita no Corinthians apontara dívidas no valor de R$ 15 milhões.Até na hora de explicar o contrato aos conselheiros, Dualib criticou o banco. Após dizer que o primeiro pagamento que o clube receberá da Hicks Muse (R$ 14 milhões) sofrerá um desconto de R$ 4 milhões, relativos a antecipações feitas pelo Corinthians, Dualib emendou: "E não R$ 11 milhões, como o Icatu jogou no mercado".O banco Icatu negociou com o clube paulista desde meados do ano passado até este mês.As duas partes chegaram até a assinar um contrato de opção. Mas, com as novas exigências do clube, o Icatu acabou desistindo de exercer a opção que tinha de assumir o controle do futebol corintiano.Após o título brasileiro, o Corinthians tentou aumentar em pelo menos R$ 10 milhões o valor a ser desembolsado pelo Icatu.O acordo que estava sendo negociado com o Icatu tinha algumas semelhanças com o contrato feito com a Hicks Muse -como a construção do estádio.
São Paulo, quinta, 29 de abril de 1999
Conselho aprova o contrato "no escuro'

O Conselho Deliberativo do Corinthians aprovou o novo parceiro sem nem sequer saber seu nome.A aprovação, anteontem à noite, ocorreu após a diretoria do clube ter convocado a imprensa para uma entrevista coletiva no dia seguinte (hoje), quando anunciaria o nome da empresa.Mesmo com Dualib tendo apoio da maioria dos conselheiros, não foi totalmente tranquila a sessão de aprovação do acordo.Pelo menos dois deles (dos aproximadamente 250 conselheiros presentes) disseram discordar da recusa do presidente do Corinthians, Alberto Dualib, em revelar o nome do novo parceiro do clube.Dualib argumentava que uma das cláusulas do contrato o impedia de anunciar o nome da Hicks, Muse, Tate & Furst Inc. antes da apresentação oficial, ontem.A apresentação dos termos do acordo ao Conselho foi feita pelo próprio Dualib. Segundo ele, o Corinthians manteria a autonomia sobre os assuntos do clube.Ao Conselho, o presidente identificou a empresa como uma companhia norte-americana com participação em fundos de pensão.Na tentativa de convencer os conselheiros relutantes a aceitar a parceria, Dualib passou a descrever alguns passos da transação, argumentando que o negócio era realmente sério.Entre esses passos, segundo Dualib afirmou ao Conselho, estaria o recebimento de cerca de 30 rolos de fax do parceiro durante as negociações.Além disso, afirmou que a empresa já tinha até pedido o número da conta corrente do Corinthians para depositar os primeiros US$ 5 milhões do acordo.Disse ainda, como prova do interesse dessa companhia norte-americana, que ela tinha se recusado a renegociar apenas 10% dos pedidos de mudança no contrato feitos pelo Corinthians.O dirigente resolveu até dar uma dica: a empresa teria participado da construção de um estádio em Dallas (onde fica a sede da Hicks Muse) -mas continuou se negando a dizer seu nome.Com as reclamações pelo mistério, outros conselheiros resolveram defender a atitude do presidente corintiano -e o contrato acabou sendo finalmente aprovado, por aclamação.
São Paulo, quinta, 29 de abril de 1999
Rendimento esperado é de 15% a 30%

A Hicks Muse espera um lucro médio entre 15% e 30% sobre o que investir no departamento de futebol do Corinthians durante os dez anos de vigência do contrato."É o rendimento normal para um negócio desse tipo", disse Roberto Muller, dono da Muller Sports Group, empresa responsável pelos negócios esportivos da Hicks Muse.Um rendimento com esse percentual é superior ao conseguido, por exemplo, por um banco no Brasil -em média, as instituições têm um lucro de aproximadamente 13% ao ano. Nos EUA, essa taxa é menor -algo em torno de 5%.Muller, no entanto, ressaltou que a empresa trabalha com a possibilidade de não ter lucro algum nos primeiros anos da parceria.Segundo Dualib anunciara anteontem ao Conselho, o Corinthians ficaria isento de qualquer tipo de prejuízo da Corinthians Licenciamento Ltda.² NegociaçãoQuem levou a Hicks Muse para o Corinthians foi a Traffic, agência de marketing esportivo do jornalista J. Hawilla.A empresa foi a intermediária também do contrato de fornecimento de material esportivo entre a Nike e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol).A iniciativa de todo o negócio partiu da Hicks Muse, que tinha intenção de investir no futebol brasileiro -não necessariamente no Corinthians.Durante a Football Expo, feira de futebol que ocorreu em janeiro último na cidade francesa de Cannes, foi feito o primeiro contato entre a Muller Sports e a Traffic.A Traffic, então, prestou uma consultoria à Muller, levantando o perfil de alguns clubes do país.Nem a Hicks Muse nem a Muller pretendem exibir seu nome na camisa corintiana -o patrocinador, assim, continuará sendo a Batavo, pelo menos por enquanto.Isso porque a nova parceira do Corinthians disse que pretende fazer do patrocínio na camisa uma de suas principais fontes de lucro -a idéia é não depender da venda de jogadores para o exterior.Outras possíveis fontes de lucro seriam os contratos de TV e o fornecimento de material esportivo (além da comercialização da marca do time).

São Paulo, quinta, 29 de abril de 1999
Clube planeja novo estádio

O velho sonho corintiano de construir um estádio próprio, maior e melhor do que o do Parque São Jorge, que só abriga 18 mil torcedores, pode sair do papel.Pelo menos é o que garantiu para o Corinthians a Hicks Muse, que pretende construir um estádio, provavelmente em Itaquera, para 45 mil torcedores.Entre 2002, quando o estádio deve ficar pronto, e 2022, ele seria administrado pela Hicks. Depois de 2022, repassado ao Corinthians a um preço simbólico."Será um estádio multiuso, o mais moderno do Brasil. Finalmente, poderemos jogar em casa", disse o presidente Alberto Dualib.Além do estádio, a Hicks Muse, que disse já ter separado R$ 60 milhões para a obra, pretende comprar os passes do atacante Edílson, do volante Vampeta e do zagueiro Gamarra, pertencentes ao banco Bilbao Viscaya, segurando-os no time do Corinthians.

Thursday, June 26, 2008

Cruzeiro: Receita com negócios sobe para R$ 16,27 milhões


Empréstimo de Marcinho rende R$ 640 mil para o Cruzeiro
Bruno Furtado - Portal Uai

O Cruzeiro acaba de atingir a receita líquida de R$ 16.270.000,00 com a transferência de jogadores a partir do empréstimo do meia-atacante Marcinho para o Kashima Antlers do Japão por US$ 400 mil (R$ 640 mil).

A receita bruta com vendas e empréstimos foi de R$ 31.990.000,00. Boa parte desse dinheiro foi repartida com investidores parceiros e jogadores.

Em contrapartida, o clube investiu R$ 4.690.000,00 na aquisição de 15 reforços. O saldo positivo nos cofres é de R$ 11.580.000,00.

Este ano, o Cruzeiro negociou em definitivo os atacantes Alecsandro e Marcelo Moreno. Com o primeiro, vendido ao Al-Wahda do Catar, o clube faturou US$ 2,6 milhões (R$ 4,6 milhões). Com o segundo, transferido para o Shakhtar da Ucrânia, a receita foi de 3,6 milhões de euros (R$ 9,4 milhões).

Houve ainda os empréstimos de Marcelo Tavares para o Al-Hilal da Arábia Saudita (US$ 500 mil ou R$ 880 mil), de Carlinhos Bala para o Sport (R$ 500 mil), de Gladstone para o Palmeiras (R$ 250 mil) e agora de Marcinho. (UAI)

NEGÓCIOS DO CRUZEIRO EM 2008
Saídas
Alecsandro Al-Wahda (US$ 2,6 milhões - R$ 4,6 milhões)
Marcelo Tavares Al-HIlal (US$ 500 mil - R$ 880 mil)
Carlinhos Bala Sport (R$ 500 mil)
Marcelo Moreno Shakhtar (3,6 milhões de euros - R$ 9,4 milhões)
Gladstone Palmeiras (R$ 250 mil)
Marcinho Kashima Antlers (US$ 400 mil - R$ 640 mil)
Receita líquida: R$ 16.270.000,00
Chegadas
Apodí R$ 900 mil (Vitória-BA)
Elicarlos R$ 1,4 milhão (Náutico-PE e Porto-PE)
Andrey Sem custos (Steua Bucareste-ROM)
Fabrício Sem custos (Jubilo Iwata-JAP)
Henrique Sem custos (Jubilo Iwata-JAP)
Marquinhos Paraná Sem custos (Jubilo Iwata-JAP)
Jadílson Sem custos (São Paulo)
Thiago Gosling Sem custos (sem clube)
Marcel Sem custos (Benfica-POR)
Espinoza US$ 250 mil ou R$ 440 mil (Vitesse-HOL)
Bruno Sem custos (Santa Cruz-RS)
Javier Reina US$ 450 mil ou R$ 750 mil (América-COL)
Camilo Troca (Marília-SP)
Reinaldo R$ 1,2 milhão (Corinthians-AL)
Carlinhos Troca (Santos)
Investimento: R$ 4.690.000,00
Valores oficiais, fornecidos pelo Cruzeiro Esporte Clube
Cruzeiro empresta Marcinho ao Kashima Antlers
(25/06) Bruno Furtado - Portal Uai
O Cruzeiro acertou nesta tarde de quarta-feira o empréstimo do meia-atacante Marcinho ao Kashima Antlers do Japão até 31 de dezembro. A cessão renderá ao clube US$ 400 mil (R$ 640 mil).

Esta será a primeira transferência de Marcinho para o exterior. No ano passado, ele chegou a ser negociado em definitivo com o Saint-Etienne da França, mas foi reprovado nos exames médicos.
Marcinho chegou à Toca da Raposa II em janeiro de 2007, trocado com o Palmeiras por 50% direitos de Martinez. O contrato do jogador com o Cruzeiro vai até 31 de dezembro deste ano, podendo ser renovado por mais dois caso haja um acordo entre as partes.

O Cruzeiro detém 50% dos direitos econômicos de Marcinho. A outra metade pertence ao São Caetano.

No Cruzeiro, Marcinho definitivamente não repetiu o bom futebol apresentado em São Paulo, onde defendeu Paulista de Jundiaí, Corinthians, São Caetano e Palmeiras. O meia marcou sete gols em 51 partidas com a camisa azul.

Nesta temporada, Marcinho esteve em campo 24 vezes pelo Cruzeiro, incluindo o amistoso contra o América, e marcou quatro gols. Foram 13 jogos como titular e 11 como suplente.

No Kashima, Marcinho vai trabalhar com o técnico Oswaldo de Oliveira

Clubes se rebelam contra associação de jogadores


Risco de punição ao Atlético-MG por ir à Justiça faz 18 times planejarem ação
Entidade que representa atletas tem, por lei, direito a 1% de receitas, gastos com salários e transferências realizadas pelas equipes

EDUARDO ARRUDADA
RICARDO PERRONE
Folha de São Paulo, 26/06/2008

Os principais clubes do Brasil se rebelaram contra a Faap (Federação das Associações de Atletas Profissionais) por causa de repasse de verbas previsto na Lei Pelé e referendado no final de 2007 com decreto assinado pelo presidente Lula.O estopim da disputa foi uma liminar obtida pelo Atlético-MG dando-lhe o direito de não repassar 1% referente aos contratos de trabalho de seus jogadores, como rege a lei.O imbróglio pode tomar proporções maiores porque o Atlético-MG, que ontem negociava um acordo com a Faap, pode ser punido pelo STJD, já que foi à Justiça comum sem recorrer ao tribunal desportivo antes.Em reação, os clubes prometem fazer pipocar ações contra a Faap. Assim, todos poderiam ser excluídos das competições da CBF, esvaziando os torneios."A base é a inconstitucionalidade das cobranças dessas taxas. Não se pode criar tributos em favor de entidades privadas", afirma Celso Rodrigues, advogado do Clube dos 13.Ele explicou que uma comissão de advogados foi criada ontem, em seminário que reuniu 18 grandes equipes do país, para elaborar documento explicativo e enviá-los a todos os clubes brasileiros para aderirem à ação contra a Faap.São Paulo, Vasco e Cruzeiro foram os ausentes entre as agremiações mais poderosas.Amanhã, o advogado Carlos Miguel Aidar entrará com ação em Brasília contra a cobrança em nome do Sindicato do Futebol, representante das equipes.Os clubes também são obrigados a repassar 1% do valor de multas contratuais, nos casos de transferências nacionais e internacionais, e 1% da arrecadação proveniente das competições organizadas pela CBF, entre outras receitas.A obrigatoriedade entrou no Regulamento Geral das Competições em 2008. A procuradoria do STJD pediu que as federações avisassem aos clubes que não registraria jogadores recém-contratados, sem comprovante dos pagamentos."Se for informado oficialmente que o Atlético entrou na Justiça comum, será denunciado", declarou o procurador do STJD Paulo Schmitt.O presidente do Atlético, Ziza Valadares, disse não saber por que o clube decidiu negociar com a Faap, depois de inflamar as demais equipes.O presidente da Faap, Wilson Piazza, afirmou que o Atlético se conscientizou e que está parcelando o débito que, segundo ele, supera os R$ 200 mil. "Não queremos colocar a faca no peito dos clubes. Estamos dispostos até a rever a lei", falou.Por outro lado, Piazza diz que jamais recebeu o dinheiro sobre transferências de atletas. "Não ficamos com o dinheiro. Ele é usado para ajudar financeiramente alguns ex-jogadores e promovemos cursos profissionalizantes a alguns."

AJUDA: FAAP PEDE AUXÍLIO DO C13 E DA CBF
A associação de atletas diz que o Clube dos 13 e a CBF deveriam ajudar a entidade. "Se a razão estiver ao lado da Faap, o sistema está salvo. Se estiver com os clubes, continuará falido", diz o presidente Wilson Piazza.

Sunday, February 03, 2008

Beckenbauer faz críticas à contratação de Klinsmann

Nós confiamos em você, Klinsmann!!!
A Assessoria de Imprensa do Bayern Munique vai ter trabalho extra durante esta semana. É que o "Kaiser" Beckenbauer fez mais uma das suas controversas declarações. Durante o "Presseball" (Baile da Imprensa) do Estado da Baixa Saxônia, Beckenbauer se manifestou criticamente sobre a contratação do ex-técnico da seleção alemã. "Só espero que Klinsmann agüente ficar os dois anos no clube: ele não tem a menor idéia do que o espera no clube; é muito inexperiente", disparou. E continuou: "Klinsmann só treinou a seleção alemã; treinar um clube é muito diferente. Tomara que dê certo." Beckenbauer não tem mais funções executivas no clube bávaro; exerce tão somente a presidência do conselho administrativo. Especula-se na imprensa alemã que, de fato, Beckenbauer ficou irritado com a contratação de Klinsmann porque não teria sido consultado previamente nem por Karl-Heinz Rummenigge (Presidente Executivo) e muito menos por Uli Hoeness (Diretor de Esportes). Enquanto ele, Beckenbauer, ainda falava sobre a possibilidade de contratar José Mourinho (ex-Chelsea), a dupla dinâmica Rummenigge / Hoeness já tinha encaminhado o contrato a Klinsmann para fechar o negócio com o ex-técnico da "Nationalelf". Em outras palavras: Beckenbauer foi colocado diante de fatos consumados e nada mais pôde fazer além de se conformar com a contratação de "Klinsi'.
Rummenigge: Podolski fica

O Presidente Executivo do Bayern de Mnique, Karl-Heinz Rummenigge (ex-craque da seleção alemã) desmentiu categoricamente que o atacante Lukas Podolski seria cedido por empréstimo a algum clube da Bundesliga para adquirir prática de jogo visando a Eurocopa 2008. Joachim Löw (técnico da seleção) e Franz Beckenbauer (Presidente do Conselho do Bayern), concordaram com essa postura de Rummenigge. "Tive uma conversa muito boa com o Lukas Podolski sobre esse tema do empréstimo e lhe disse claramente que ele não poderá deixar o Bayern porque estamos contando com o trabalho dele no futuro", disse o presidente.

E continuou: "Estamos convencidos da qualidade de Podolski e juntos, ainda vamos alcançar muito sucesso". Podolski, que tem um contrato com o Bayern até 2010, atualmente é reserva de Klose e Luca Toni e teme, portanto, pelas suas chances de ser titular na seleção alemã durante Eurocopa que se realizará em junho na Suíça e Áustria.

Uli Hoeness aproveitou a deixa para desmentir a contratação de Jens Lehmann, atualmente reserva no Arsenal: "Prometemos ao Michael Rensing (atual reserva de Oliver Kahn na meta bávara) de que com a aposentadoria de Olli, ele seria o titular. Não tem sentido contratar um goleiro de 38 anos para ocupar o posto de titular de um outro veterano de 38 anos que acabou de se aposentar."